Alemanha

1º Dia: Frankfurt
O hotel Bristol ficava bem ao lado da estação. Eles estão cotados como 4 estrelas, mas nada se compara a um 4 estrelas Brasileiro. Duas pessoas na recepção que fazem tudo. O quarto do hotel era bem pequeno, e o benheiro decente, apesar de apresentar o mesmo problema dos outros: jorram água pra fora, já que não tem box fechado.
A primeira coisa que se deve fazer nessas cidades Europeias é comprar um guia da cidade – disponível nas bancas de revistas em vários idiomas, inclusive Português.
Frankfurt é uma cidade grande, com arranha céus e tudo como em Nova York, e, por ficar as margens do Rio Main, dizem que aqui é Mainhattan da Europa. Apesar de sua população ser de aproximadamente 600,000 habitantes, a área metropolitana conta com mais de 5 milhões.  A cidade tem gente de todos os lugares do planeta, e concentra a sede do Banco Central Europeu.
Ao contrário do que aconteceu com algumas cidades da Europa, bombardeadas durante a guerra, Frankfurt não precisou ter muitos prédios reconstruídos. Aqui, há uma busca constante pela modernização. O bondinho amarela (Ebbelwei) passa pela maioria dos pontos turisticos da cidade e é uma ótima maneira de ser passear. Compre um passe diário, por $6, que te dá direito a subir e descer em todo sistema de transporte. O ponto de partida foi a Estação Central, Haupbanhof, pelo fato de que o hotel era aqui perto.
O primeiro ponto de visita sem dúvida tinha de ser o Romeberg – nada de mais, uma torre medieval com vários edifícios de arquitetura medieval alemã em sua volta. Mas aqui foi um importante marco da história de Frankfurt, e é o mais importante ponto turístico da cidade. Alí do lado está a Catedral de São Bartolomeu, em estilo Gótico, a mais importante daqui. Eu mesmo nem entrei, e não me arrependo, pois ví um milhão de outras catedrais mais adiante, e isso cansa! Ahahahah.
O prédio da Ópera, Alte Oper, é maravilhoso, e fica na Oper Platz - início de uma rua que vale a pena caminhar. O edifício foi recosntruído por causa da guerra, e abriga os mais importantes óperas e concertos. Nessa região esta a rua Fressgass onde você pode achar todo tipo de restaurantes com comidas típicas. Dalí nós fomos para a rua Hauptwache, onde estão as mais importantes lojas e shopping centers de Frankfurt. Vale a pena, apesar de o Euro proibir as compras.
Como já estava tarde, resolvemos voltar ao hotel. Para jantar, há um restaurante Italiano bem em frente ao prédio da estação... só que o seu nome eu vou ficar devendo.
Para maiores informações, consulte os sites daqui:

2º Dia: Berlin
O trêm que vai de Frankfurt pra Berlin, ao contrário do que muitos dizem por ai, não é confortável. Eu peguei o que saía as 8:13 (atenção, no horário previsto, EM PONTO, o trêm sai, sem saber se falta alguém). Você ouve aquele mesmo apitinho dos filmes alemães, e o trêm sai. Dentro do trêm, em primeira classe (que de primeira não tem nada), você tinha 3 poltronas de cada lado, divididas por uma mesinha de madeira no meio. Não deu pra dormir, mas deu pra ficar no computador todo o tempo. Isso fica dentro de uma cabine, portanto, fecha-se a porta e se tem privacidade (não sei como seria se tivesse lotado com Europeu cheirando bebida lá dentro)... As 12:20 em ponto o trêm encostou na estação central de Berlin. Detalhe, na maioria das cidades Europeias, você tem mais de uma estação com o nome da cidade. Como não há muitos atendentes do trêm a disposição, tenha certeza de que o nome da estação mostra o mesmo nome da estação que você quer ir, pra que não desça na errada. A minha era Hbf.
Berlin é o máximo. Desde antes do trêm chegar já dá pra ver que é outro tipo de cidade. As construções são lindas, e, nos últimos minutos de viagem, você já vê uma paisagem linda.
No mesmo dia que cheguei, procurei comprar um livro sobre a cidade. Detalhe: com a história dos judeus, da perseguição digo, e da guerra (Nazismo e 2ª guerra), Berlin passa a ser uma cidade com uma história muito viva, pois a queda do muro se deu agora pouco, em 1989.
Antes de eu mencionar os pontos de visitas, vale a pena lembrar a história, que eu, na verdade, aprendi ou relembrei lá em Berlin.  
1- Adolph Hitler estava no poder em 1933. Com o uso do pretexto da queima do Reichstag, prédio do governo, ele conseguiu tirar os opositores do caminho, aprovando poderes mais absolutos, através do “Enabling Act of 1933”. A partir daí, ele pode governar através dos atos sem aprovação do parlamento. Assim, surgiu aquela loucura de limpeza de raça através da expulsão dos estrangeiros (xenofobia). Lembrando que, com tudo que Hitler fez, o desemprego caiu de 6 milhões para 1.6 milhões em 4 anos. Não que se via uma agricultura ou indústria mais forte na Alemanha. Isso aconteceu por conta do financiamento de dívida adquirida para formação de uma força armada no país. Não se imagina, mas não foram só os judeus perseguidos. Foram também assassinados mais de 3 milhões de prisioneiros de guerra soviéticos, 3 milhões de católicos Poloneses e mais outros milhões de operários do leste Europeu. Uma loucura. 
2- Com a guerra em Berlin, em 1945, Hitler cometeu suicídio, já que os Soviéticos estavam dominando a cidade. Em seu Bunker, esconderijo, ele teve a companhia também de seu ministro Joseph Goebbels, e as duas esposas (a do ministro além de se suicidar, envenenou seus 6 filhos). E  assim, com o fim da guerra, Berlin se viu em ruinas. Com os Soviéticos em poder no lado leste, em 1953 eles decidiram que o socialismo seria construído mesmo que a custo da paz. Portanto, muitas mortes aconteceram, sempre com culpas nos agentes do lado oeste. Antes do muro ser construído, os comunistas colocaram uma cortina de arame farpado delineando a cidade. O muro só veio bem mais tarde, tentando evitar os milhares de escapes ocorridos com os anos.
Portanto, nada tem a ver o muro com Hitler. O muro é de agora, construído em 1961 e destruído em 1989. Inacreditável, não? Aconteceu a pouco!
O primeiro local de visita foi o Portal de Bradenburg, porta de entrada entre o mundo leste eoeste de Berlin. O portal é uma construção neoclássica, inspirada no Parthenon de Athenas. Quando eu saí de lá, fui logo ao Youtube buscar pelo discurso do Ronald Raigan, aquele que ele pede ao Gorbachov que destrua o muro. Vale a pena, aconteceu bem na frente do muro, do lado oeste. Na frente do portal você vê bem os tijolinhos no chão. Por alí passava o muro. Não consegui uma explicação plausível para o porquê da carruagem, ao topo do portal, está virada para o lado oeste. Portanto resolví que deve ter sido pelo fato de todos quererem ir do leste para oeste...
Logo a direita, você visita o Reichstag, casa do parlamento Alemão. Não conseguí entrar, mas vale a pena uma visita exterior, e um passeio pelos jardins que o rodeiam. Também nessa área, o ônibus vai passar por todos os prédios que estão em volta do parque do lado oeste.
Não deixe de visitar o complexo SONY. Trata-se de um emaranhado de prédios de vidro, projetado por Helmut Jahns, com vários elementos de arquitetura, e que, quando você olha de longe, lembra o monte Fuji no Japão. Vale a pena a visita. Ao lado do prédio tem o complexo artistico de Berlín, onde os musicais da Broadway ficam em cartaz. Vale a pena.
Potsdammer Platz é um dos muitos simbolos de Berlim. A praça não tem nada de mais, além de bonitos prédios e uma exposição de pedaços do muro de Berlim. O que mais vale a pena em Berlim realmente é andar, olhar, e ler sobre sua história. A partir do Potsdammer Platz, você pode caminhar até o que restou do muro de Berlim, ao lado do antigo prédio da Gestapo. Alí há um bom pedaço do muro ainda em pé, além de um museu com a história do nazismo (mostra inclusive as partes internas da Gestapo, numa exposição a céu aberto). Eu fiquei deprimido no museu, especialmente quando ví duas fotos em particular. A primeira era a de uma general nazista que, provavelmente em visita a um local de concentração, olhava rindo um outro guarda que passava uma tesoura na barba a fazer de um judeu. Ele ria do sofrimento alheio sem piedade. Maldade pura. A outra era de um enforcamento em séries. Dava a impressão de uma festa pública. Eu achei que viagem é pra ser alegre, e nós fomos embora.
Ainda sobre o muro, eu não estava satisfeito com o que tinha visto, pois eu me lembrava da foto do muro com os grafites, e a pintura dos homens sovieticos de beijando. Foi ai que soube que essa parte do muro, que só tem 3 km dos mais de 100 KM em pé, estava numa área fora do centro chamada de East Side Gallery. O local fica em frente da arena O2 de Berlim, e vale muito mais a pena, já que a outra parte, ao lado da Gestapo, tem grade que não te deixa tocar nele. Na Gallery você pega no muro. Dá mais emoção.
A Ilha dos Museus é uma área incrivel formada por vários museus de prédios imponentes. Alí, além dos vários museus, tem também a catedral de Berlim, que realmente vale a pena uma visita. Alí você verá o órgão de igreja mais bonito, além de uma exposição sobre a construção da catedral. A parte de baixo da catedral é um cemitério de personalidades politicas, como o Imperador Frederich, e os eclesiasticos, mas eu não tive saco pra ficar olhando sepulturas.
Há poucos metros dalí fica a Torre de Berlim. Com mais de 250 metros de altura, proporciona uma bela vista da cidade, além da magnífica paradinha para se sentar e tomar um cafezinho expresso. Alí eu comí uma torta de chocolate (floresta negra) deliciosa, vale muito experimentar.
Dois dias são suficiente em Berlim e dá pra se ver tudo!
Dicas sobre a cidade:
Compra o passe de trem para um ou dois dias. Ele custa bem mais barato e vale também para todos os tipos de transporte na cidade, incluindo os trams.
Outra coisa: eu fiquei num hotel do lado oeste. Apesar do lado oeste ter ruas maravilhossas, como a rua onde fica o DE KA WE, o shopping center mais famoso da cidade e várias lojas de primeira linha, não é o lado mais legal. Procure ficar num hotel perto da porta de Bradenburg, alí é mais turistico e mais interessante.
Quanto a restaurantes, pra quem não quiser gastar muito, o Valpiano é uma ótima opção: pizzas e massas baratas e de bonissima qualidade.